Sol-imensidão.Ternura-cura. (Eu & @Leozaqueu)
A neve da tua alma congela minhas dores, faz de mim pedaços de gelo partido, derretendo aos poucos no sol da minha calma. Serenidade e paciência são além de virtudes, atitudes necessárias à cura. [Dulce Miller]
"Cura"...divindade esquecida.
Aquele-que-é-Carinho,
Aquele-que-é-Cuidado.
Sua liturgia?
Pax-ciência jeitosa
ao serenar idades
de gelos e razões.
Orvalhar-se...
sem pressa ou posse,
na alma-terra desejada.
Derreter-se bobices...
Carícias (in)ternas
de um sol passante.
[Leonardo Zaqueu]
Assim como passarinhos errantes, que escolhem onde vão conforme o tempo do vento, meu coração escolhe o tempo de dentro. Recolhe fragmentos perdidos, esquecidos, emaranhados em versos rasgados de emoção. Posse? Não, perdão. Sol-imensidão. Ternura-cura. [Dulce Miller]
Cor ações flores (a)colhem passarinhos...
dão colo-alimento,con-spir-am horizontes,
(pro)movem mais voares...
Cor ações que tentassem ser gaiolas,
se mentiriam...
Não são orgãos de retenção,
mas de (im)pulsão,
bombeamento de vida e sangue.
[Leonardo Zaqueu]
O sangue que re-move a vida, quereres inseguros na razão do não ter-se. Coração florido-ferido, sorri-chora, não quer ir embora, mas vai... tem asas, não sabe voar-aonde ir-partir. Quer ficar. Gaiolas são armas com pontas agudas a mirar o peito. Tem jeito? [Dulce Miller]
Talvez bom jeito seja o desajeito de nem-saber-como...
Voar (con)tateando o escuro das noites (in)ternas.
Cor ações em flor ações
(in)sanas,
(in)tensas,
(in)seguras...
[Leonardo Zaqueu]
Imatura-mente-segura. Internamente sinto. O gelo é dor... persisto-canso-desisto. Aqueço em ideias tuas. Palavra. Nua. [Dulce Miller]
Quando a nudez é veste bela...
cobre delicada-mente,
com jeito e zelo,
a imensidão (in)terna...
A palavra (in)tenta ser tato,
mesmo com medo de ser falta de...
Arisca,
arrisca,
risca...
Quer desenhar cócegas em terra distante.
Quer o instante. Arrisca o sim. [Dulce Miller]
Publicado também no Nostra Dolce Vita
Imagem daqui
Uma contradição nos textos em oposição, na tentativa de uma distorção do que a suposição pode indicar, quase uma arquitetura poética. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirlindo o dueto! adorei. compartilhar sentimentos é nossa esperança, que é a última que morre...
ResponderExcluirbeijo