"O Amor é a Regeneração Permanente do Amor Nascente."
“Trago a pessoa amada em três dias!” Atire a primeira pedra quem nunca na vida, secretamente, desejou que esses cartazes não fossem apenas pura enganação. Se nossa existência é fundamentalmente confirmada pelo olhar do outro, como nos disse Sartre, sentir-se amado, aceito e acolhido é fundamental para a experiência humana. Precisamos viver dentro de relações amorosas, mesmo que muitas vezes, isso nos custe vivenciar rompimentos dolorosos.
A ligação entre o amor e a dor é muito forte e paradoxal. Mesmo que busquemos o prazer e tentemos evitar a dor, o movimento de entrega exige uma vulnerabilidade que expõe, sem piedade, nossa fragilidade diante do outro e de nós mesmos. Somos seres desejantes, mas a realização de nosso desejo está sujeita à resposta que o outro nos dá. Vivemos o presente ansiando o futuro feliz e uma felicidade para “além do amanhã”, mesmo conscientes de que nossa existência é naturalmente um infinito “vir-a-ser”.
A experiência me diz que o amor não é nem um inferno de aniquilamento, nem um céu de perfeição imutável. Somos seres em evolução, imperfeitos e sujeitos a escolhas das quais não podemos prever as consequências. Somos uma combinação entre realidades subjetivas e objetivas numa construção de possibilidades.
É um autoengano achar que chegamos à descoberta definitiva sobre o amor, de alguma maneira, a vida está sempre nos levando para fora desse lugar confortável e pode nos empurrar para a beira do abismo da incompletude novamente. Por mais que tentemos, não é possível definir o amor como uma estrutura idealizada e reproduzível; o amor será sempre uma experiência em aberto, onde descobertas devem ser feitas e novas histórias escritas.
Resta-nos, sermos resilientes na dor e vivenciar o amor como um movimento infinito em busca do AMAR. Só a partir desta compreensão poderemos transcender seus sofrimentos e receber suas lições e beleza!
Ângela Regina Pilon - Psicoterapeuta
*O título do post é uma frase de Edgard Morin
Muito verdadeiro esse texto .Sem enaltecimentos ou impossibilidades .Um quadro real de um amor simplesmente humano.É muito difícil.Muito difícil se sentir impotente diante de si mesmo,porque as vezes a gente acha que não deveria estar sentindo aquilo ... é complicado.Vulnerabilidade é a palavra mais perfeita pra descrever
ResponderExcluirO Amor certamente é a tarefa mais árdua da alma humana.
ResponderExcluirAngela
http://www.youtube.com/watch?v=kPZqAdvAh74
Obrigada Angela por escribirlo y gracias Dulce por compartir.
ResponderExcluirMe gustó mucho, mucho!
Bjs.