Auto suficiência x Independência: dá pra melhorar?



Existe uma diferença sutil mas crucial entre independência x auto suficiência.

Pessoas independentes vivem bem sozinhas. Porque são bem resolvidas, porque se encontraram consigo mesmas e não dependem de ninguém para ser feliz. E quando se relacionam, somam! Pessoas independentes confiam no próprio taco e escolhem situações a viver e pessoas para estar ao seu lado simplesmente porque são agregadoras, sem ser pejorativo!

Pessoas auto suficientes, por outro lado, se bastam. São pessoas que tem um nível elevado de consciência e locus de controle interno (auto responsabilidade), aprendem com pessoas e situações, são 100% presentes no presente! Porém embora pensem em qualidade de vida, pensem no futuro e em como seus comportamentos e escolhas vão influenciar diretamente o seu futuro, não chegam a se mobilizar para uma entrega no momento atual.

Ambos "tipos" tem muito em comum...mas o segundo se difere especialmente por não criar vínculos.
Certamente baseados em experiências passadas, as quais causaram muita dor, sem perceber deixam esses “traumas inconscientes” bloquearem a entrega para novos relacionamentos. E acabam deixando de experimentar por medo de perder o controle. Por isso ficam sozinhas, mesmo que acompanhadas.

Se você se identifica com o primeiro exemplo, continue vigilante, mas em melhoria contínua. Se se identifica com o segundo exemplo, te faço um convite: Se permita experimentar a visão de uma vida com muito mais sentido se entregando com confiança para um ou alguns relacionamentos, familiar, amizade, amoroso, ou até profissional! Não estou falando de uma entrega emotiva, aliás cuidado com esse tipo de entrega pois é momentânea e traiçoeira, mas sim de uma entrega consciente e plena, madura e sábia.

Livre dos traumas, o passado se torna fonte de recursos para construção de um futuro pleno e extraordinário. Aqui eu convido a uma reflexão...o que te impede de ser feliz? O que você não parou para pensar sobre você, sobre sua história, que, mesmo em processo de auto desenvolvimento pleno ainda te bloqueia de seguir naquilo que mais quer?
Independente do que se identificar, experimente sair dos rótulos, baixe sua guarda, deixe de lado seu orgulho e se permita experimentar....

Isso é viver! E se quebrar a cara? Aprenda com o erro e comece tudo outra vez!!!! Sempre e cada vez melhor!

8 motivos pelos quais é preciso buscar o sentido da vida

"Não quero convencer ninguém, não me proponho a articular uma apologética; simplesmente desejo expressar, na primeira pessoa do singular, as razões que me levam a crer em Deus, a viver confiando nele”. 


 As palavras são de Francesc Torralba, um dos pensadores mais notáveis do cenário filosófico espanhol, que, desde 2011, é consultor do Pontifício Conselho para a Cultura. 
No livro “Y a pesar de todo, creer” (“Crer, apesar de tudo”), lançado recentemente no mercado espanhol, Torralba expõe as razões pelas quais, segundo ele, devemos buscar sempre o sentido da vida. São estes os motivos:  

1. Todo ser humano, por natureza, deseja viver uma vida com sentido. 
A “vontade de sentido”, bela expressão de Viktor Frankl, é própria e comum à condição humana. Para nós não basta vivermos, passarmos os dias e nos entretermos com milhares de disputas e fofocas; queremos viver uma vida que faça sentido, que valha a pena, que tenha valor em si mesma. 

2. Não existe uma resposta científica à busca pelo sentido 
A Ciência explora os fatos, tenta compreender a lógica que os une e explicá-los através de leis de caráter universal. A Ciência não analisa valores. Estes são objetos de estudo da Filosofia prática, especialmente a Ética.  

3. A busca pelo sentido não é uma tarefa fácil; o que está em jogo é a felicidade da pessoa. 
Quando o ser humano constata que a sua vida tem valor, que possui sentido, ele se sente feliz. Isso não o exime do cansaço e da indignação, mas o faz sentir que sua tarefa é útil e que, através dela, constrói o bem.  No entanto, quando percebe que a vida é vazia, quando sente que nada do que diz ou faz possui valor, ele vive uma vida entediante, irrelevante, completamente estéril. Neste caso, ele sofre o que Viktor Frankl chamou de “vazio existencial”. 

4. A necessidade de sentido é uma necessidade espiritual. 
A busca pelo sentido é própria de um ser complexo, de um ser que não tem o suficiente para se alimentar, se defender e procriar. Ele está sempre se perguntando por que está no mundo e como deve administrar o tempo escasso que possui entre o nascimento e a morte. 

5. A fé é um antídoto ao vazio existencial, mas não é só isso. 
Muitas pessoas que vivem sem Deus percebem que a vida tem sentido, pois elas constroem algo nobre e valioso, útil para os outros – e isso lhes basta. O discurso sobre o sentido, então, não é unívoco. Existe uma pluralidade de modos de dotar a vida de sentido. 

6. O que realmente dá sentido à vida é o amor. 
Uma vida sem amor carece de sentido. O ser humano é feito para amar; esta é sua finalidade inerente. Só o amor pode dar sentido à vida – e é preciso saber dar e receber amor. 

7. A vida é um dom, algo que não nos pertence. 
Todo ser humano é chamado a decidir o que vai fazer com sua vida, ou seja, como vai dotá-la de significado. O sentido da vida não está nos livros; isso se aprende com a experiência, os erros, ou seja: vivendo. 
A fé em Deus não nos separa do mundo nem nos afasta de nossos afazeres concretos. Crer em Deus é viver a vida como um dom, que deve ser protegido e cuidado. Todas as formas de vida são valiosas.  

8. A fé nos faz respeitar a natureza.
A fé nos faz reconhecer na natureza uma gramática escrita por Deus, uma morada que ele nos confiou. Por isso, devemos cultivá-la e protegê-la. 

Enfim, para Torralba, as atitudes abaixo são o que realmente conferem sentido à vida: 
  1. ser útil aos outros;
  2. amenizar o sofrimento;
  3. construir a beleza;
  4. construir unidade onde houver dispersão;
  5. oferecer aos outros a possibilidade de viver a aventura da existência.


Fonte: Aleteia